FALANDO DE VIDA.

VAMOS FAZER DIREITO?
Houve um tempo em que a gente esperava mais da vida! Não nos importava muito se o que faziamos ia ou não dar bons resultados! Tinhamos sonhos! Sim sonhos e utopias.Utopia era uma palavra bonita, como Tropicália, ou Faça Amor e não Guerra... Paz Amor!...depois Paz e Amor bicho! Bicho?
É só uma designação! Um jeito de falar! É só uma giria! Naquele tempo se falava "bicho", e o tempo passa, e as coisas se afirmam....Faça amor e não guerra...fizeram tanto amor, e hoje só se faz guerra...guerra no transito, guerra na concorrencia por uma vaga no mercado de trabalho, guerra nas arquibancadas do futebol...guerra na Universidade Federal, por uma vaga, pra pobre, uma pra negros, e uma pra portadores de deficiencias...é a guerra da inclusão social...
O amor que fizeram deu origem as DSTs ( Doenças Sociais Transmissíveis): egoismos, ambições, materialismo, desumanidades, violencias...
Epidemias viróticas que curiosamente só podem ser combatidas pelo AMOR...
Vamos Fazer Amor, ou melhor, Vamos Fazer Direito!?

06/06/2010
josé carlos flor

PARECE PIADA-


O CASO DA CHARRETE.



Um Juiz de Direito com quem trabalhei como escrevente de Sala de Audiências, certa vez disse a um advogado referindo-se a uma jurisprudência, a que recorria o defensor do réu:

-“É assim mesmo doutor, cabeça de Juiz é como bumbum de criança...”.

Para um bom entendedor a frase está completa. Porém boca de criança é também um caso sério. Falam o que querem, quando querem, como querem e pra quem querem.... E não adianta ensaiar em casa, pois até os ensaios elas entregam sem misericórdia.

Nos vemos entregues aos maiores micos e vexames públicos.Ninguém escapa aos seus ataques, nem às suas observações .Perguntar a uma crianças sua opinião s respeito de um vestido, ou de um penteado é coisa que nenhuma mulher deve arriscar: - “está horrível!” ; dizem sem dó e nenhum constrangimento.

Sinceridade e inconveniência andam de mãos dadas, ainda que com muita inteligência.

Vale a pena buscar compreender as entrelinhas de suas falas e perceber seus anseios e descontentamentos com o mundo adulto. Declaram seus conceitos sem nenhuma ética e assim preservam seus mundos de qualquer hipocrisia e dissimulação.

Ao contrário do adulto que esconde seus sentimentos e emoções, mentem, dissimulam em favor dos seus próprios interesses, em nome de uma política de boa vizinhança, ou mesmo da obtenção de favores e privilégios.

Polidos, políticos, éticos, politicamente corretos, hipócritas em função de vantagens.

Criança não é assim não. Criança mete o pé no balde, chuta o pau da barraca, derruba a casa.

Esse fato se deu, quando ainda era um adolescente ginasiano. Uma família amiga, domadora de dois lindos e inteligentíssimos garotos, costumava alugar uma charrete com piloto e tudo, para que os mesmos passeassem pela cidade nas manhãs de sábado. Religiosamente seu Luiz, o charreteiro dono do jumento mais forte da praça, apanhava os meninos e os levava pela cidade, por mais de uma hora, num divertido passeio.

Mas a progresso, e a ascensão social, prove à família, um belo carro. E dispensa os serviços do jumento do seu Luiz, que por vários sábados, insiste em dar uma voltinha, pequenina que seja, com os meninos pelo bairro mesmo, e de graça. A mãe, por dois ou três sábados permitiu ainda que o burro do seu Luiz prestasse esse serviço, mas foi logo arrumando desculpas nos sábados seguintes, e nem de graça permitiu que o passeio se repetisse. Um belo sábado, depois de alguns meses, desses finais de semana ensolarados, cheios de vida, seu Luiz olhando pro seu jumento desolado, na praça da estação esperando por um passeio, e com saudades dos garotos, diz ao eqüino deprimido:

- Vamos ver os meninos!

E o jumento mais que depressa se aprumou e num elegante trotar, em poucos minutos estava à porta da residência dos garotos.

- Bom dia! Seu Luiz! –gritavam os infantes felizes.

- Vamos dar uma volta! –convidou o charreteiro em nome do jumento que recebia o carinho dos meninos.

_ Hoje não seu Luiz! – a mãe intervém com rispidez e energia:- Hoje não!

Os garotos, silenciosos, abraçam o velho e o jumento, e se afastam em direção ao portão da casa, quando um deles, para e diz, eu nunca soube se paro o charreteiro ou paro o jumento:

- Não liga não, viu! Acho que a gente vai andar de charrete de novo, só quando minha mãe virar uma égua!