entraram no quarto, por uma fresta da janela...
os olhos bem abertos buscavam luzes la fora!
Agora, só medo...
a espera do dia, e na espreita vigilante...fico,
mas eles entram...
os meus fantasmas, as portas fechadas não respeitam...
entram, invadem o quarto,
invadem o espaço
volteiam no escuro a dança do terror.
Vieram da infancia... das noites escuras do passado,
do tempo do eu menino;
da casa do meu avô,
lá onde viviam sobre a taipa do fogão...
da velha pitangueira onde não aprendi a subir;
da mangueira sombria ,
do terreno baldio atrás da casa...
do assovio do meu pai...
das noites de tempestades...
vieram de dentro de mim...
e quando o dia começa a amanhecer...
a tenue luz do sol nascente
derrepente adentra o quarto...
o que parecia irreal,
projeta sombras na parede...
eu tremo...me encolho,
e durmo.
jcflor
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